2º Encontro de Procuradorias Fiscais
A capital baiana foi sede do II Encontro Nacional de Procuradores Fiscais,
nos dias 24 e 25 e abril, no Fiesta Convention Hotel, cujo objetivo foi trocar
experiências e buscar alternativas a fim de agilizar e tornar cada vez mais
eficaz a cobrança de dívida e o combate à sonegação. Segundo o presidente da
APEB, Marcos Sampaio, sobre o evento que contou com a participação de mais de
160 procuradores de todo o Brasil, “estamos à porta do futuro, das novas
tecnologias, da agilidade nas informações e da necessidade de refletir sobre uma
justiça fiscal que inclua toda a sociedade, reforçada pelo compromisso mútuo que
a unidade necessita”.
A Procuradora Geral Adjunta da PGE, Joselita Cardoso Leão, louvou a iniciativa
da instituição em organizar um evento tão importante e afirmou que "nunca foi
necessário e urgente estabelecer um diálogo e discussões sobre temas de
interesse comum entre as procuradorias fiscais. É preciso pensar e repensar a
operacionalidade dos procuradores", declarou. O presidente ANAPE, Marcello Terto,
ressaltou a importância de caminhar todos juntos para superar as próprias metas.
“Não andamos sozinhos. Somos fortes, mas temos que andar de mãos dadas para o
cumprimento das políticas públicas”.
No primeiro dia do encontro, um dos destaques foi a conferência de abertura
sobre “Lei de Informação e Sigilo Fiscal” com apresentação da pesquisadora do
Núcleo de Estudos Fiscais da FGV/SP, Mariana Pimentel Fischer Pacheco, tendo
como presidente da mesa Marcello Terto e Silva, presidente da ANAPE. Houve
reunião dos chefes das Procuradorias Fiscais dos Estados, coordenada pelo
procurador do Estado da Bahia e chefe da Procuradoria Fiscal, Elder Verçosa;
filiação à ANAPE do presidente da OAB/BA, Luiz Viana Queiroz, e oficinas
temáticas, no período da tarde.
A Campanha do Sonegômetro foi outro ponto alto do evento, com exposição da
Procuradora da Fazenda Nacional de São Paulo e diretora do Siprofaz, Regina
Hirose. O Painel Sonegômetro chamou a atenção dos transeuntes ao exibir o valor
de mais de R$150 bi em sonegação fiscal no país. Para o procurador do Estado da
Bahia e diretor da APEB, Cláudio Cairo Gonçalves, “é preciso refletir sobre o
efetivo combate à sonegação e um sistema de cobranças de impostos mais justo”.
Palestras, lançamento de livro e encerramento
O segundo dia do encontro teve debates e exposições com grande participação do
público. Na conferência de abertura, foi discutida a “Desjudicialização da
execução fiscal”. O tema, que já foi debatido por especialistas em audiência
pública em Brasília, foi exposto pelo juiz federal Saulo José Casali Bahia.
Durante a exposição, Casali apresentou as vantagens e dificuldades da
desjudicialização, que propõe alteração do atual modelo de cobranças de dívidas
ativas.
A segunda palestra abordou a responsabilização dos sócios na inadimplência
deliberada. Apresentada pelo Procurador do Estado do Rio Grande do Sul Max
Möller, a discussão destacou a necessidade da criação da Personalidade Jurídica,
questionou a existência do inadimplemento qualificado e expôs análises de casos
reais. As oficinas temáticas tiveram continuidade à tarde.
O evento terminou com coquetel e lançamento do livro “A Fazenda Pública nos
Tribunais”, organizado pela procuradora do Estado da Bahia, Cristiane Guimarães,
com os autores Ana Cristina de Paula Barbosa de Paula e Oliveira, Cristiane
Guimarães, Elder Verçosa, Jamil Cabus Neto, Paula Gonçalves Morris Matos e Selma
Reiche Barcelar.
O II Encontro Nacional das Procuradorias Fiscais foi uma realização da APEB e da
ANAPE com o apoio da PGE/Bahia, do Sinprofaz e do Instituto dos Auditores
Fiscais do Estado da Bahia (IAF) com patrocínios da Embasa, Bahiagás, dos
Correios e Telégrafos, da Associação Baiana de Supermercados (Abase) e do
Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB). O próximo Estado
a sediar o III encontro será Goiás, em 2015.