Debate entre candidatos à lista tríplice lota auditório da PGE
Com auditório lotado, foi realizado o primeiro debate baiano entre candidatos
à formação de lista tríplice para Procurador Geral do Estado da Bahia. O evento,
uma iniciativa pioneira da APEB, aconteceu na tarde da última quarta-feira
(19/11), na PGE, e contou com o intermédio do presidente do Tribunal de Ética e
Disciplina da OAB-BA, Waldir Santos Conceição, e participação da diretoria da
associação, do presidente Marcos Sampaio e do Procurador Geral do Estado, Rui
Moraes Cruz. Todos os oito candidatos compareceram ao encontro.
“Minha expectativa é que, a partir deste debate, as pessoas possam fazer um
juízo de valor e formar uma lista tríplice que, ao mesmo tempo, atenda aos
legítimos interesses do Estado, mas que esteja conectada com a casa
internamente, com os colegas procuradores”, destacou Marcos Sampaio.
Com opinião semelhante, Rui Moraes Cruz afirmou que o encontro “serviu como uma
forma importante de participação da categoria no processo de escolha do seu
representante”. “Evidentemente que o governador tem legitimidade para a escolha,
mas a contribuição da Procuradoria, através da APEB, é importante para o
processo e certamente será levada em conta pelo governador”, disse.
Aberto oficialmente com os discursos do presidente Marcos Sampaio e do diretor
Cláudio Cairo Gonçalves, o debate foi divido em três etapas. Na primeira, os
candidatos expuseram seus planos de trabalho e destacaram assuntos recorrentes à
rotina e ao aprimoramento da PGE, como a aprovação da PEC 82 (conhecida como a
proposta da autonomia da advocacia pública), a valorização dos inativos da PGE e
a luta pelos honorários de sucumbência para os procuradores de Estado.
Na fase seguinte, foram feitas cinco rodadas de perguntas. As duas primeiras,
direcionadas a todos os candidatos, partiram da própria APEB e versaram sobre a
postura do futuro Procurador Geral quanto à atuação na PGE e à redução da
litigiosidade. As outras três, com questões sorteadas por candidato, foram
feitas por membros da plateia e abordaram diversos assuntos, como teto
remuneratório, validade de concursos públicos, promoções, fundo de modernização,
plano de carreira, exercício da advocacia exclusiva, áreas de atuação da PGE e
PEC estabelecendo a obrigação de escolher um Procurador de carreira para o posto
de Procurador Geral.
Por fim, os oito pretendentes ao cargo de procurador-geral fizeram suas
considerações, destacando o que entendem ser necessário ao futuro da PGE. Entre
os assuntos citados, os mais recorrentes foram: necessidade de novas políticas
de melhoria das condições de trabalho e da qualidade de serviço do órgão,
investimento no bem-estar dos procuradores e valorização da carreira.