Advocacia Pública cobra aprovação da “PEC da Probidade”

O Movimento Nacional pela Advocacia Pública, formado por oito entidades, entre elas, a ANAPE, voltou a cobrar a aprovação, na Câmara dos Deputados, da PEC 82/07, que garante autonomia e outras prerrogativas às instituições ligadas à advocacia pública no Brasil. Apresentada há oito anos, pelo então deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), a “PEC da Probidade” está pronta para ser votada pelo plenário desde 2014. Este ano, vários deputados pediram ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a inclusão do texto na pauta da votação, mas não tiveram sucesso.

“A PEC 82 é estruturante, porque, na organização dos poderes, nós não temos mais só o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Nós temos funções essenciais à Justiça, que servem para fazer essa interface entre o Judiciário e os outros poderes, através das atividades consultivas e da atividade da representação judicial no campo da advocacia pública”, explica Marcello Terto, presidente da ANAPE.

Defensores da aprovação da PEC argumentam que a estruturação dos órgãos de advocacia pública aumenta a capacidade de exercer a função de prevenção de gastos irregulares.

“São milhares de ações de improbidade administrativa. Vivenciamos, hoje, uma série de escândalos como o petrolão e o mensalão. E a advocacia pública age, exatamente, combatendo a sonegação e os danos ao patrimônio público, garantindo a aplicação correta dos recursos arrecadados, em conformidade com o previsto pela Constituição e pelas leis, e prevenindo os desvios de recursos públicos”, conclui Terto.