Conferência da Mulher Advogada discute caminhos de mudanças inspirados na pluralidade feminina

Em dois dias de programação distribuída em três painéis simultâneos e oficinas paralelas, a IV Conferência Estadual da Mulher Advogada reuniu cerca de 1,4 participantes no Centro de Convenções de Salvador, segundo dados da OAB-BA.

O evento, que contou com o apoio da APEB-BA, teve o objetivo de suscitar reflexões sobre os caminhos para transformar o mundo inspirados na pluralidade feminina, além de discutir projetos e ações capazes de tornar isso realidade.

Cinco procuradoras do Estado integraram paineis diversos como palestrantes. A presidente da APEB-BA, Cinthya Viana, falou sobre democracia digital e privacidade no painel “Desafios e oportunidades para as mulheres na sociedade contemporânea”.

Cinthya abordou a importância da governança na proteção de dados: “a privacidade é um direito fundamental e há uma mudança de paradigma do Estado Brasileiro”. Também falou sobre a pluralidade de significados da cyberdemocracia. “Há uma disponibilidade de possiblidades de diálogos políticos entre cidadão e governantes, e cidadãos entre si”.

A procuradora geral do Estado, Bárbara Camardelli, também proferiu palestra no painel “A Constituição Federal e a participação feminina na construção do Estado Democrático de Direito” e falou da relevância do evento. “É muito importante por ser um espaço qualificado para que as mulheres possam discutir na perspectiva delas. Temos a vontade de sair daqui não apenas discutindo, mas buscar proposições”, disse referindo-se à carta de intenções lida pela presidente da OAB-BA, Daniela Andrade Borges, no encerramento.

Integraram ainda paineis como palestrantes as procuradora do Estado Amélia Garcez, Cleia Costa, Cristina Guimarães e Marília Muricy.


A Conferência Estadual da Mulher Advogada surgiu como parte do plano de política de valorização da advocacia feminina na Bahia, sendo promovida pela OAB-BA a cada três anos. “Não seria possível o sucesso desse evento sem os apoios institucionais das associações de classe. A OAB apoia a advocacia pública” disse a presidenta da entidade, Daniela Borges, ao afirmar que a intenção é promover o debate, mas também gerar ações capazes de mudar o mundo.